A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em julho, a varíola dos macacos como emergência de saúde pública mundialmente. Essa doença é conhecida no mundo todo como monkeypox, sendo endêmica em regiões da África, já atingiu mais de 20 mil pessoas em 77 países, este ano.
No Brasil, já são mais de 900 casos confirmados, sendo cerca de 700 apenas em São Paulo. Pensando nesses dados, abordaremos tudo sobre essa doença, principalmente, como se prevenir dela. Continue lendo para saber mais detalhes.
O que é a Varíola dos Macacos?
É uma doença que se transmite entre animais e pessoas (zoonose) causada pelo vírus da varíola dos macacos (MPXV). Porém, apesar do nome, esse vírus é encontrado em roedores como ratos, esquilos, etc, podendo transmitir para macacos e humanos por meio de mordidas e arranhões.
Ou seja, os macacos são considerados hospedeiros, assim como os seres humanos. No entanto, é preciso mais estudos para identificar o reservatório correto e como o vírus circula pela natureza.
Existem duas linhagens principais da varíola: a do Congo, considerada mais grave com até 10% de mortalidade. E a da África Ocidental, considerada rara, com 1% de casos fatais e que é a linhagem identificada no surto de 2022.
Contudo, pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, crianças menores de 5 anos e gestantes fazem parte do grupo de pessoas que podem ter quadros mais graves, independente da linhagem.
Sabendo disso, é crucial entender como se transmite essa doença e quais os sintomas delas. No próximo tópico temos mais detalhes. Confira!
Transmissão e Sintomas
É importante destacar que desde a primeira vez em que a varíola dos macacos foi descrita em humanos, em 1958, também ocorreram muitas mortes de macacos devido a essa doença. O que originou o nome. Porém, no ciclo de transmissão, eles são vítimas assim como os humanos.
Sem um reservatório animal, existem dois tipos de transmissão:
- Transmissão de pessoa para pessoa
O vírus pode se espalhar de pessoa para pessoa por meio do contato direto com lesões de pele, cicatrizes ou fluidos corporais. Além disso, pode ser espalhado por secreções respiratórias durante contato prolongado, face a face, e até mesmo durante contato físico íntimo, como beijo, abraço ou relações sexuais.
É fundamental pensar que mesmo não sendo considerada uma infecção sexualmente transmissível, a varíola dos macacos pode se espalhar durante o contato físico íntimo ou mesmo tocando superfícies compartilhadas e objetos, como roupas de cama e toalhas, que foram usados por uma pessoa com o vírus.
Além disso, qualquer pessoa pode pegar essa doença se tiver contato próximo com alguém que tem o vírus. Em sua maioria, dentre os infectados estão homens com menos de 40 anos que se declaram homossexuais ou bissexuais.
No entanto, especialistas alertam que a varíola dos macacos pode afetar qualquer pessoa e não somente as do sexo masculino com vida sexual ativa.
- Transmissão de animal para pessoa
Em áreas endêmicas, é possível que as pessoas peguem a doença de animais infectados, por meio de arranhões ou mordida deles. Geralmente, essa infecção ocorre através de roedores e primatas, comendo carne ou usando produtos de um animal infectado.
Sendo assim, os sintomas da varíola dos macacos são inicialmente febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, calafrio, fadiga, linfonodos (caroços no pescoço, joelho nuca, etc).
Após o período de 1 a 3 dias de febre aparecem lesões na pele, concentradas na face e membros, podendo ser confundidas com outras doenças como herpes, varicela zoster e sífilis secundária.
Normalmente, a varíola dos macacos dura de 2 a 4 semanas, persistindo os sintomas até que as erupções cutâneas sejam completamente curadas e uma nova camada de pele seja formada.
Saiba como é realizado o diagnóstico e tratamento da varíola dos macacos. Confira a seguir.
Diagnóstico e tratamento
As análises são feitas em fluidos coletados diretamente das lesões na pele, usando um swab (cotonete estéril) seco. Com isso, existe a expectativa de que, em breve, seja possível o acesso a testes rápidos de detecção de antígenos, parecidos com os que foram feitos para a covid-19.
Sendo assim, mesmo nos quadros mais comuns, o exame é importante para confirmar a análise clínica. Um desafio para a identificação da doença é a semelhança de suas lesões com as provocadas pela varicela, doença conhecida como catapora causada por um vírus de outro grupo. Com a diferença que na varíola dos macacos, as erupções costumavam surgir mais ou menos juntas e evoluíam no mesmo ritmo.
Quanto ao tratamento, baseia-se em suporte clínico e medicação para alívio da dor e da febre. Outra forma de tratamento é o antiviral chamado tecovirimat, que atua no bloqueio da disseminação do vírus e já é utilizado em alguns países, mas ainda não está disponível no Brasil.
Vale lembrar que o tratamento deve ser realizado conforme as instruções de um médico especialista. Sendo assim, é importante também saber como se prevenir dessa doença. Confira.
Prevenção e Vacinas
As principais formas fundamentais de prevenção à varíola dos macacos são a vigilância para identificar novos casos com rapidez e o isolamento dos infectados para evitar a disseminação da doença. Sendo assim, pode ser necessário um período de 40 dias aproximadamente para a retomada das atividades sociais.
Outro aspecto importante na prevenção à doença é evitar o contato com pessoas do grupo de risco, como por exemplo, as gestantes.
Além disso, especialistas observaram recentemente que o uso de preservativo não previne a infecção, uma vez que o intenso contato e a troca de fluidos corporais durante o ato sexual oferecem muitas oportunidades para a transmissão do vírus.
Em contrapartida, há indícios de quem já se vacinou contra a varíola humana pode ter proteção contra a monkeypox. Embora já existam vacinas para combater o surto da varíola dos macacos, não há previsão de uma campanha para imunização em massa.
Porém, como dito anteriormente, é possível se prevenir e ficar de olho nos sintomas. Saiba o que pode ser feito na sua empresa quanto isto, a seguir.
Saúde Ocupacional para a sua empresa
Neste artigo mostramos o que é a varíola dos macacos e como se prevenir dessa doença. Também abordamos as formas de transmissão e sintomas, assim como, o diagnóstico e tratamento da mesma.
Se analisarmos, pelo fato de se tratar de um vírus exposto mundialmente, é bom tomar algumas medidas preventivas na sua empresa também. O que podemos chamar de Saúde Ocupacional.
Pensando nisso, a Dauar MedTra está pronta para seguir todos os protocolos na sua empresa e dar-lhes todas as informações para que todos se previnam e trabalhem com segurança.
Entenda como funcionam os nossos serviços de Saúde Ocupacional e receba um atendimento excelente e personalizado para você.
Fale com um de nossos especialistas.
SAÚDE OCUPACIONAL – VARÍOLA DOS MACACOS
