Os setores administrativo e de Recursos Humanos vão muito além dos processos de admissão e demissão de empregados. Por exemplo, a prática correta da política da saúde ocupacional oferece vários desafios para os funcionários e gestores desses departamentos no dia a dia.
Isso porque essa atividade não se resume apenas ao preenchimento de documentos para atender à fiscalização. Listamos, neste artigo, os 6 principais desafios que o pessoal do RH encontra quando o assunto é saúde ocupacional. Saiba como lidar com eles!
1. Falta de política de benefícios voltada à saúde e ao bem-estar
Existem empresas em que os gestores desconhecem ou ignoram os programas e as políticas de benefícios voltados para a saúde e o bem-estar dos seus funcionários. Isso pode acontecer devido à falta de informação ou por acreditar que se tratam de despesas adicionais para os seus negócios.
Essa atitude realmente prejudica o RH e os demais departamentos que trabalham diretamente com o capital humano das instituições. Com isso, as práticas necessárias para os processos da saúde ocupacional ou a sua implantação tornam-se um grande desafio para o setor administrativo.
Caso encontre essa situação em algum ambiente de trabalho, ou mesmo em todo o estabelecimento, demonstre para os empresários, por meio de exemplos práticos, os benefícios que as políticas de saúde e bem-estar trazem para os negócios e para o conforto físico e mental dos empregados.
2. Desconhecimento especializado sobre normas de SST
A falta de conhecimento não serve de argumento para o descumprimento das normas de saúde e segurança do trabalho (SST), pois estamos na era da informação. Mas, certamente, esse é mais um desafio para o setor de recursos humanos. Afinal, são regras compostas por procedimentos próprios, que podem ser alheios às rotinas do setor administrativo.
Dessa maneira, encontramos um desafio para o setor administrativo, se considerarmos que a SST pode interferir em processos de contratação de funcionários. É essencial que o pessoal do RH conheça as rotinas de trabalho dos empregados para estabelecer perfis adequados.
3. Não realizar avaliações de riscos ambientais
Certos agentes presentes no ambiente do trabalho podem trazer algum dano para a integridade física ou mental do trabalhador. Portanto, muitas atividades laborais, por mais simples que sejam, em alguns casos apresentam algum elemento prejudicial à saúde, ou seja, um risco ambiental.
Os riscos ambientais são regulamentados pela norma regulamentadora NR 9: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, também conhecida como PPRA. Saber identificar esses agentes e providenciar a avaliação é o grande desafio para o RH, pois essa não é uma atividade integrante da rotina de trabalho desse departamento. Para isso, é necessário buscar ajuda especializada.
O ideal é que esses riscos sejam identificados já na fase de concepção da empresa. Segundo a NR 9, eles são divididos e considerados da seguinte maneira:
- agentes físicos: ruídos, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes e não ionizantes, bem como o infrassom e ultrassom;
- agentes químicos: substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que pela natureza da atividade de exposição possam ter contatos ou ser absorvidos pelo organismo por meio da pele ou ingestão;
- agentes biológicos: vírus, fungos, bactérias, bacilos, parasitas, protozoários, entre outros.
4. Não cumprimento das NRs
As normas regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho foram criadas a partir de uma época em que os índices de acidentes nas empresas eram muito elevados. A função delas é a de estabelecer regras com base em parâmetros mínimos a serem acatados pelas empresas e pelos seus funcionários.
No âmbito legal, são de caráter obrigatório e o não cumprimento pode acarretar penalidades como interdição do local de trabalho ou do estabelecimento, da máquina ou equipamento, por meio de notificação emitida pelos fiscais da delegacia regional do trabalho. Esses profissionais estabelecem prazos para que sejam realizados os ajustes, conforme estabelece a legislação.
No entanto, o cumprimento das normas regulamentadoras deve ser feito tendo em vista o caráter da responsabilidade social, em vez de simplesmente o de cumprir obrigações legais. Quando os gestores e as empresas pensam dessa maneira, haverá um ganho tanto para a sociedade, no âmbito da saúde, quanto no campo econômico e financeiro.
Dessa maneira, entendemos que o não cumprimento das NRs é um desafio que deve ser vencido de modo obrigatório, tendo em vista sua importância. Atualmente, são 37 normas, sendo a primeira publicada em 1978 e a última em 2018, ambas com suas respectivas atualizações.
5. Falta de treinamento
Um dos pilares da saúde ocupacional é a informação adquirida por meio de treinamentos. Preferencialmente, eles devem ser feitos de maneira teórica, prática e periódica, para que os empregados possam fixar os conteúdos com eficiência.
Com a capacitação, os colaboradores desenvolvem competências para desempenhar as suas atividades com a segurança adequada, minimizando riscos de acidentes e doenças. A falta de treinamento provoca danos para os processos conquistados pela prática da saúde ocupacional.
Além de acidentes e doenças ocupacionais, ocorre a queda de produtividade, o desconhecimento das atividades, o desinteresse, a rotatividade de funcionários, entre outros prejuízos. Portanto, treinar os profissionais é um investimento — e não deve ser considerado como custo.
6. Falta de integração
Fazendo uma analogia, podemos considerar que as empresas funcionam como os times esportivos. Dessa maneira, todos os integrantes devem estar alinhados e trabalhar com os mesmos objetivos. Portanto, uma das palavras-chaves dentro das organizações deve ser integração. A falta dela traz dificuldades para a implantação da saúde ocupacional.
Para ser desenvolvida com eficácia, é preciso usar recursos das soluções integradas. Elas devem agregar a saúde ocupacional, a legislação, a medicina do trabalho, os processos de produção de materiais, equipamentos e mão de obra, para mapear riscos e evitar acidentes e doenças laborais. Tudo isso deve ter o auxílio e o acompanhamento de tecnologia e de equipes multidisciplinares.
Portanto, a prática da política da saúde ocupacional, independentemente do tamanho da empresa, evita impactos negativos, como a má visibilidade no mercado, pela ocorrência do grande número de doenças e acidentes que poderiam ser evitados e a perda de clientes. Seja prevenido e fique tranquilo: busque parcerias com empresas que podem fazer esse trabalho para você.
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