Começou a campanha Outubro Rosa, que tem como objetivo incentivar a prevenção do câncer de mama. Esse tipo de câncer é o mais incidente entre as mulheres e, por isso, deve ser realizado um acompanhamento médico frequente além da adoção de hábitos saudáveis para não ser pega de surpresa com um diagnóstico indesejado.
Câncer de mama: estatísticas
O câncer de mama é resultado de alterações genéticas nas células dos seios. Essas células passam a se dividir de forma descontrolada formando um tumor maligno que, quando diagnosticado tardiamente, pode ser fatal. Desta forma, esse é o tipo de câncer que mais mata mulheres em todo o mundo.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é estimado entre 2020 e 2022 66.280 novos casos por ano do triênio. Em 2018, por exemplo, foram registrados 2,1 milhões de novos casos. Esse número representa 11,6% de todos os cânceres diagnosticados naquele ano. Entretanto, engana-se quem pensa que o câncer de mama é uma doença que acomete apenas às mulheres. Apesar de raro e representar apenas 1% do total de casos, o câncer de mama masculino também existe. Só em 2020 a estimativa de mortes é de 17.763 pessoas sendo 17.572 mulheres e 189 homens. Ainda que as estatísticas assustem, a maioria dos casos tem bom prognóstico.
Fatores de risco
Se alguém possui um ou mais dos fatores de risco listados abaixo, é imprescindível o acompanhamento médico ainda mais frequente do que em casos onde não há fatores de risco envolvidos. Além disso, quem possui um ou mais dos fatores genéticos e hereditários é considerado com alto risco para o desenvolvimento da doença. Isso porque o câncer de mama de caráter genético representa de 5% a 10% do total de casos. Desta forma, é imprescindível o acompanhamento médico frequente como método de redução de danos.
- Histórico familiar – É considerado fator de risco hereditário quem possui dois ou mais parentes de primeiro grau com câncer de mama, um parente de primeiro grau e dois ou mais parentes de segundo ou terceiro grau diagnosticados, entre outros.
- Idade – O câncer de mama é mais comum em mulheres com idades entre 40 e 69 anos. Aos 50, por exemplo, a exposição do organismo ao estrógeno está no ápice e, por isso, as chances de desenvolver câncer de mama aumentam.
- Obesidade e sobrepeso após a menopausa – Estudos apontam uma considerável relação entre o sobrepeso e a obesidade após a menopausa e o aparecimento de câncer de mama. Para isso, é importante manter o índice de massa corporal (IMC) abaixo de 30.
- História reprodutiva e hormonal – Mulheres que tiveram sua primeira menstruação antes dos 12 anos, não tiveram filhos, engravidaram pela primeira vez após os 30 anos, entraram na menopausa após os 55 anos ou fizeram uso prolongado de contraceptivos hormonais têm chances de desenvolver câncer de mama.
Embora os fatores de risco sejam elencados pelo Ministério da Saude, é importante ressaltar que a presença de um ou mais fatores de risco não significa que é certo de que a doença existirá. Isto é, fator de risco não é uma sentença em um diagnóstico futuro.
Principais sintomas
O câncer de mama pode ser diagnosticado precocemente através da análise clínica de alguns dos sintomas abaixo:
- Nódulo fixo e indolor na região dos seios.
- Pele dos seios avermelhada, repuxada ou com aspecto de casca de laranja;
- Alguma alteração na aparência dos mamilos;
- Nódulos no pescoço ou nas axilas;
- Líquido anormal saindo pelos mamilos de forma espontânea.
Sendo assim, é fundamental que as mulheres criem o hábito de fazer o autoexame de toque. Cerca de 90% dos casos de câncer de mama são percebidos pela própria mulher ao se autoexaminar. Além disso, consultas periódicas com o ginecologista também são de extrema importância para identificar de forma precoce qualquer alteração na saúde da mulher.
Invista na prevenção do câncer de mama
Fatores de risco de ordem genética não são modificáveis, mas adotar hábitos saudáveis podem sim evitar ou retardar o aparecimento do diagnóstico de câncer de mama. Para outros fatores de risco, as orientações são as mesmas: alimentação saudável e balanceada, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, fugir do tabagismo e praticar atividades físicas regularmente. Esse conjunto de medidas pode reduzir em até 28% as chances de uma pessoa desenvolver o câncer de mama.
Câncer de mama pode estar relacionado ao trabalho?
O ato de trabalhar propriamente dito não possui relação com o surgimento do câncer de mama. Porém, existem algumas culturas empresariais que contribuem para hábitos prejudiciais que podem levar ao surgimento de fatores de risco. Colaboradores sobrecarregados tendem a dormir menos, se alimentar mal e praticar pouco ou nenhum exercício físico porque estão sempre sem tempo. O resultado pode vir acompanhado de obesidade, que é um dos fatores de risco do câncer de mama.
Como as empresas podem contribuir para a prevenção da doença?
Uma empresa com ambiente saudável estimula não apenas a prevenção de doenças como também incentiva o acompanhamento médico frequente. Empresas que veem “com maus olhos” os colaboradores que pedem para ir ao médico em horário comercial acabam freando esse tipo de autocuidado, que é imprescindível para a prevenção de qualquer doença. A cultura da saúde também precisa ser empresarial para ser levada adiante.
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