A saúde ocupacional é uma área fundamental para garantir o bem-estar dos trabalhadores e a produtividade das empresas.
Dentro desse contexto, a ergonomia desempenha um papel crucial. Ao considerar os aspectos ergonômicos durante o exame médico de saúde ocupacional, é possível prevenir uma série de doenças relacionadas ao trabalho, reduzir afastamentos, e evitar processos trabalhistas.
Neste artigo, vamos explorar como uma avaliação médica detalhada, com foco em riscos ergonômicos, pode beneficiar tanto os empregados quanto às organizações, e apresentar algumas das técnicas médicas mais utilizadas nessa análise.
A Ergonomia e a Saúde Ocupacional
A ergonomia estuda a interação entre o homem e seu ambiente de trabalho, com o objetivo de adaptar o trabalho às características físicas e psicológicas dos trabalhadores. Uma postura inadequada, movimentos repetitivos, esforços excessivos e até mesmo o ambiente físico, como iluminação e temperatura, são fatores que podem impactar diretamente a saúde do colaborador.
Os problemas ergonômicos mais comuns incluem: lesões por esforços repetitivos (LER), distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), dores lombares, tendinites, e síndromes do túnel do carpo.
Esses problemas não só afetam a saúde do trabalhador, mas também trazem consequências para as empresas, como aumento do número de afastamentos, queda na produtividade, e, em alguns casos, processos trabalhistas por condições inadequadas de trabalho.
A importância do exame médico com foco em ergonomia
Durante o exame médico de saúde ocupacional, é essencial que o médico esteja atento aos aspectos ergonômicos para identificar possíveis riscos que o trabalhador enfrenta no ambiente de trabalho.
Uma avaliação ergonômica bem feita pode detectar precocemente sinais de doenças ocupacionais e sugerir intervenções antes que se tornem problemas mais graves.
Essa avaliação pode incluir a análise de:
- Postura no trabalho: Identificação de posturas que podem causar estresse nos músculos e articulações.
- Força aplicada nas tarefas: Avaliação do esforço físico necessário para executar tarefas e seu impacto nas estruturas corporais.
- Movimentos repetitivos: Análise dos movimentos realizados repetidamente, que podem levar a lesões.
- Ambiente de trabalho: Consideração de fatores como altura de mesas, cadeiras, tipo de ferramentas utilizadas, e até mesmo as condições ambientais como iluminação e temperatura.
Veja também: Controle exames médicos eSocial S2220
Técnicas médicas de avaliação ergonômica
Para realizar uma avaliação ergonômica eficaz durante o exame de saúde ocupacional, os médicos utilizam diversas técnicas que ajudam a identificar problemas específicos. Algumas das técnicas mais comuns incluem:
- Manobra de Valsalva: Esta técnica é utilizada para avaliar a resposta do sistema cardiovascular e a força da musculatura abdominal e torácica. Durante a manobra, o paciente é orientado a expirar forçadamente contra uma via aérea fechada, o que pode ajudar a identificar problemas relacionados à postura e ao esforço físico, como a hérnia de disco.
- Teste de Lasègue: Utilizado para identificar compressões nervosas, especialmente no nervo ciático. Durante o teste, o paciente deita-se em uma posição supina e o médico eleva a perna estendida do paciente. Dor ou desconforto ao longo do trajeto do nervo ciático pode indicar a presença de uma hérnia de disco lombar, comum em trabalhadores que realizam tarefas que envolvem levantamento de peso ou esforço físico intenso.
- Teste de Phalen: Este teste é amplamente utilizado para diagnosticar a síndrome do túnel do carpo, uma condição comum em trabalhadores que realizam movimentos repetitivos com as mãos, como digitadores e operários. O teste envolve a flexão dos punhos por um período de 60 segundos; o aparecimento de sintomas como dormência ou formigamento pode indicar a compressão do nervo mediano.
Benefícios para as empresas e os trabalhadores
Ao incorporar uma análise ergonômica nos exames de saúde ocupacional, as empresas podem obter diversos benefícios:
- Prevenção de Doenças Ocupacionais: Identificar riscos ergonômicos precocemente permite que as empresas façam as adaptações necessárias no ambiente de trabalho, prevenindo o desenvolvimento de doenças ocupacionais.
- Redução de Afastamentos: Com a prevenção de doenças, há uma significativa redução no número de afastamentos, o que mantém a força de trabalho ativa e produtiva.
- Minimização de Processos Trabalhistas: Empregadores que demonstram preocupação com a saúde ergonômica de seus funcionários têm menos chances de enfrentar processos trabalhistas relacionados a condições inadequadas de trabalho.
- Aumento da Satisfação dos Colaboradores: Um ambiente de trabalho que respeita às necessidades ergonômicas dos trabalhadores tende a ser mais agradável, o que pode aumentar a satisfação e o bem-estar geral dos colaboradores.
A ergonomia é um componente vital na saúde ocupacional e deve ser considerada durante os exames médicos periódicos. Com uma avaliação médica cuidadosa e o uso de técnicas diagnósticas adequadas, como as manobras de Valsalva, Lasègue e Phalen, é possível identificar riscos ergonômicos que, se não tratados, podem levar a doenças ocupacionais sérias.
Empresas que investem em ergonomia colhem os frutos em termos de maior produtividade, menor número de afastamentos e redução de litígios trabalhistas. Portanto, integrar a ergonomia na saúde ocupacional é uma prática essencial para o sucesso e sustentabilidade das organizações.
Na Dauar Medtra, estamos comprometidos em proporcionar soluções eficazes para a saúde ocupacional, contribuindo para um ambiente de trabalho mais seguro e saudável.
Conte com a experiência da Dauar Medtra
A Dauar Medtra é uma consultoria de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional que está no mercado há 30 anos.
Essa consolidação só é possível pela atuação de equipe multidisciplinar, e que está sempre atualizada com as mudanças do setor.